sábado, 17 de novembro de 2012

:(

Quando durante muitos meses descemos em espiral, num turbilhão, em queda livre dentro de nós até ao fundo do mais fundo dos poços, nunca acreditamos que a vida pode ficar ainda mais negra, mais fria, mais perdida... Acreditamos que nada pode ser pior do que o farrapo em que nos rasgamos...
E no entanto, pode.

domingo, 11 de novembro de 2012

Serenidade

 
Tão vivo... E no entanto tão tranquilo, o meu coração.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Parabéns, Mamã :)

És uma lutadora...! E para o ano festejaremos juntas, de novo. Muitos aniversários, um de cada vez! Que Deus te proteja, sempre!
E agora vou ter contigo e prender-te nos meus braços sem vontade de soltar-te nunca mais...!
Amo-te muito, Mamã. Parabéns!!!!!!!! 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Onde quer que estejas...

Pai,
Se estivesses connosco, hoje farias anos. Uma saudade enorme enche hoje o meu peito ferido e há mais solidão dentro dos meus olhos, há um frio mais negro a correr-me na pele... Hoje sinto-me ainda mais deserta...
Como teria sido a minha vida se não tivesses partido tão cedo, Pai? Como seria o dia de hoje se eu te tivesse aqui, se pudesse correr para dentro dos teus braços e contar-te do medo que me enche os sonhos, os dias e as noites? Hoje digo-te "amo-te Pai", e tu não me respondes. Hoje digo-te "amo-te" e ninguém me responde. Mas parece que é assim, Pai. Na viagem da vida as pessoas cruzam-se, caminham juntas por algum tempo e depois perdem-se umas das outras... Contaram-me que era assim, Pai. E eu não quis acreditar. Acreditei sempre que poderia caminhar de mão dada com os que amo e que eles não se iriam embora nunca. Tudo o que toco se desfaz, tudo o que amo acaba em cinzas. Não sei amar, Pai. Não sei como se faz para continuar viagem quando se perde o Amor.
Abraço-te... Onde quer que estejas.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Mamã...

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Não podes...

Já não vou durar muito tempo - disseste. E eu olhei o fundo dos teus olhos, baço, vazio, e acreditei que sim. Olhei o teu braço negro do soro que entrava devagarinho, gota a gota, como perolazinhas de chuva, e soube que sim... Diz-me: como vou fazer sem ti? Para onde corro depois, quando a solidão me rasgar a meio? Quem me vai então, dizer "Amo-te"? Não podes morrer, entendes?  Não podes partir e abandonar-me, tu também... 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ninho

Assim que o vi, soube que seria meu. Quando a porta se abriu vi os enormes janelões virados a sul e a poente, a varanda em L cheia de sol e uma vista de cortar a respiração sobre o azul infinito. Lá em cima ouve-se o mar e o vento, e as vidraças estavam quentes do sol que morria em avermelhados de fogo. Os vidros duplos trazem o silêncio de que preciso para recomeçar a caminhada. Vou ser feliz ali, naquele sexto andar onde ninguém me alcançará, onde nada me magoará... Vou pintar as paredes de amarelo clarinho, é uma cor quente e doce, será como viver dentro do sol e da luz... A cozinha é pequenina e acolhedora, talvez uma opção do arquiteto que deixou todo o espaço livre para o enorme quarto e para a sala infinita, desnivelada. Encherei a parte mais baixa de estantes com livros e terei um sofá branco onde me afundarei a escrever as minhas palavras... Na parte alta haverá uma mesa e cadeiras onde farei as refeições olhando a praia e os moinhos de vento. Preciso de muito pouco para ser feliz. E ali sei que vou ser finalmente feliz.   

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Zero

Grau de autoestima: Zero
Grau de autoconfiança: Zero
Grau de esperança: Zero
Grau de felicidade: Zero

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Entrar e ver-te a amá-la, a entregares o teu corpo (pára coração, não penses!), ouvir-te a querê-la, a desejá-la, a tua boca na curva do pescoço dela, os teus olhos a quererem o rosto, o corpo que não são meus (pára coração, não sangres mais!), abraçar o teu corpo que abraçou outros corpos antes do meu, o teu corpo que se entregou por inteiro como dantes a mim (pára coração, não te rasgues mais!), ouvir-te dizer o que a mim dizias, tão longe de mim, tão perdido, para sempre perdido (pára coração, não rebentes, não te partas, não chores mais, coração). 

sábado, 18 de fevereiro de 2012


(É hoje... É só hoje.)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Nos teus olhos havia medo, apenas isso, medo. E a tua mão estava fria e sem forças. No meu peito ardia uma dor sem nome, uma mágoa enorme pelo terror de te perder. Não entendes? Se tu partires, não tenho mais ninguém. Já não tenho mais ninguém. Por isso, aguenta-te. Por mim, luta tudo o que puderes e não me desampares.
Eu estou aqui. A segurar-te a mão.