quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Onde quer que estejas...

Pai,
Se estivesses connosco, hoje farias anos. Uma saudade enorme enche hoje o meu peito ferido e há mais solidão dentro dos meus olhos, há um frio mais negro a correr-me na pele... Hoje sinto-me ainda mais deserta...
Como teria sido a minha vida se não tivesses partido tão cedo, Pai? Como seria o dia de hoje se eu te tivesse aqui, se pudesse correr para dentro dos teus braços e contar-te do medo que me enche os sonhos, os dias e as noites? Hoje digo-te "amo-te Pai", e tu não me respondes. Hoje digo-te "amo-te" e ninguém me responde. Mas parece que é assim, Pai. Na viagem da vida as pessoas cruzam-se, caminham juntas por algum tempo e depois perdem-se umas das outras... Contaram-me que era assim, Pai. E eu não quis acreditar. Acreditei sempre que poderia caminhar de mão dada com os que amo e que eles não se iriam embora nunca. Tudo o que toco se desfaz, tudo o que amo acaba em cinzas. Não sei amar, Pai. Não sei como se faz para continuar viagem quando se perde o Amor.
Abraço-te... Onde quer que estejas.

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