Enrola-se o pensamento à volta do teu nome numa teimosia inevitável e circular. É como se todas as coisas se iniciassem e terminassem em ti... Recordo o nosso encontro hoje de manhã, a alegria de te ter tão perto, à mesa do café que engoli distraídamente, perdida nos detalhes do teu rosto. A barba mais crescida, os olhos cheios de luz apesar do cansaço das noites tão longas, os lábios ligeiramente gretados, abertos num sorriso irresistível... E depois apoiaste o rosto na mão, e olhaste-me com desejo e ao mesmo tempo com todo o carinho do mundo, desafiando-me o abraço, o beijo na boca cheia de saudade... Eu olhei em volta e mudei de posição, apertei os meus braços contra o corpo para que eles não me desobedecessem, para que não se transformassem em asas e sobre a mesa te fossem apertar num abraço infinito, enquanto a boca pousada na curva doce do teu ombro, saboreando-te a pele, bebendo-te o perfume, diria apenas num sussurro que só tu ouvisses: "Quero-te tanto..."
sábado, 9 de maio de 2009
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