terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Há dias em que acordamos e não nos reconhecemos. Olhamo-nos no espelho e vemos um reflexo familiar. A mesma imagem que vimos tantas vezes.Mas há dias em que não reconhecemos a pessoa que parece habitar dentro de nós. Acordamos e um estranho ocupou o nosso corpo durante a noite, invadiu espaços privados, abriu cartas antigas, queimou fotografias e afixou outras nas paredes e pôs a tocar o mesmo disco vezes sem conta.Há noites em que a noite nos transforma, resgatando personagens de livros e transportando-as para dentro de nós, mostrando-nos que não somos um, mas um milhão de possibilidades.

Um milhão e uma possibilidades.

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