Hoje enquanto me vestia devagar em frente ao espelho os meus olhos demoraram-se na pisadura do braço, bem evidente na pele tão clara. Uma mancha negra e redonda, a marca perfeita do teu polegar quando me agarraste com força. Na altura achei que o fazias com raiva, ódio até... mas agora penso que talvez fosse só desespero, um desespero incontrolável ao veres que nos perdíamos outra vez... Dói-me quando lhe toco, mas em breve ganhará aquele tom amarelado e desaparecerá finalmente sem deixar vestígios, ajudando-me a esquecer aquela noite escura. Desses momentos fica apenas uma história com uma única culpada e um só ferido... e eu vou deixar as coisas assim... vou esperar apenas que o tempo ao apagar a nódoa negra, leve também com ele todas as outras marcas de amor que me deixaste no coração.
Porque como tu próprio quiseste, entre nós está tudo dito.
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