
Hoje morri às quatro da tarde e ninguém reparou. Dos que me rodeavam, dos que me falavam, ninguém viu, ninguém notou que eu já não existia... Talvez não haja dor maior do que sentir que não somos importantes para ninguém, que não ser preciso limpar disfarçadamente uma lágrima teimosa, porque ninguém a vê cair cá dentro, no coração. Tu terias sabido, se me tivesses visto, que eu já não ando por aqui... voei para longe, à procura de um tempo e de um espaço onde a dor não me alcance. Tu conheces-me bem, lerias nos meus olhos e saberias que eu morri hoje.
Às quatro da tarde.
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