sábado, 13 de junho de 2009

Tocar a lua...


Fui lá fora há pouco respirar a noite e fiquei emudecida longos minutos a admirar a lua. Vai vê-la também, amor, quando regressares a casa, procura-a por entre os rostos dos prédios altos, atravessa a rua se for preciso, e vai vê-la. Hoje a noite tem estrelas azuis e uma lua branca, enorme, parada no céu negro e quase possível de alcançar... E nesta noite calma, eu sinto que o nosso amor é como a lua, quase possível de guardar para sempre. Foi um dia tão lindo que passámos juntos! Um dia cheio de doçura, de palavras, um dia em que conversámos olhos nos olhos, de mãos dadas, e nos beijámos na boca à mesa de um café... Passeámos abraçados na rua cheia de vento e por breves momentos não fomos mais do que duas pessoas que se amam muito, invisíveis ao resto do mundo. Hoje não tive medo dos homens, dos olhares alheios que nos podem separar, e não precisei de te falar em surdina porque ninguém à nossa volta se preocupava com o que dizíamos... Hoje fui apenas a tua namorada, feliz por te amar aos olhos do mundo, a céu aberto, e afinal, descobri que como todas as pessoas que se amam, preciso de pedir muito pouco aos deuses para alcançar a felicidade.
Só preciso mesmo, de vez em quando, de conseguir tocar a lua...

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