segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Da solidão

O tempo escoa rápido indiferente ao meu sentir e o prazo esgota-se. Não consigo carregar este fardo que me verga os ombros, me parte a espinha das emoções. Pesado demais, ele rouba-me a lucidez e a capacidade de raciocínio, tolda-me a visão, impede-me de decidir. E no entanto é preciso decidir, rematar esta espera solitária onde voz nenhuma me aconselhará, onde braços nenhuns me acolherão, onde nenhum sorriso me dará o colo de que preciso, o abrigo onde a minha alma escorraçada por mil silêncios, possa serenar um pouco. Então é isto de que falam os loucos... afinal é este o rosto da solidão...
E eu deito a cabeça entre os braços e choro.

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