sábado, 25 de outubro de 2008

Mas amo-te

Acabei de te escrever. Mais uma vez redigi um texto com mil cuidados, evitei as palavras dúbias, apaguei todas as metáforas que me afastassem de ti. Procurei a objectividade do sentir. Tentei abrir-te o meu coração num texto que não fosse lamechas, suprimi as lágrimas e a dor. Reli-o e gostei porque nele via-se a minha alma nua. Mas depois reparei que no fim de tudo, na despedida, dizia "Amo-te". Tinha-me esquecido que já não posso dizer "Amo-te" nunca mais, mas a verdade guiou-me os dedos... Com lágrimas nos olhos apaguei a palavra... e ainda não foi desta vez que te enviei a mensagem.

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