sexta-feira, 24 de outubro de 2008

De amor e desespero


Mandaste-me embora, de volta para um lugar de onde eu, sem saber, já tinha partido há muito... E de nada adianta... porque continuo enroscada no teu abraço, com o rosto pousado na curva do teu pescoço, sentindo-te o perfume da pele, as mãos brincando distraídas no teu peito, os dedos soltando-te o desejo urgente... Não se manda no coração, tens razão... E o meu, caprichoso e dominador, continua preso ao teu, continua a sonhar que o nosso amor apesar de improvável é possível, como de repente florir uma flor no asfalto negro e gelado de uma estrada.
É aqui que eu quero ficar e de nada adianta mandares-me embora. Porque o meu coração não vai...

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